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Dicas para Compradores | 28 agosto 2024

O que deve saber para comprar a 1ª casa

O que deve saber para **comprar a 1ª casa**

Comprar uma casa é sempre um investimento importante, mas comprar a 1ª casa é uma decisão que transforma a vida.

Daí a necessidade de ser bem pensada e de saber tudo o que está em causa.

Tentaremos com estas dicas, ajudar um pouco para que possa ponderar, escolher e usufruir tranquilamente de uma casa para a vida. A sua.

Fatores de escolha

Todas as casas têm uma alma que somos sempre capazes de sentir e perceber se condiz com a nossa. No entanto há fatores de escolha que podem ajudar na decisão, tais como:

A dimensão

As casas são anunciadas em m2 em e número de divisões através da sigla t+número. O número representa sempre o número de quartos existentes. Do T0, sem quarto o que significa uma divisão única até t+n. T1, T2, T3, Tn.

Em 1º lugar, a dimensão está relacionada com o número de pessoas que fazem parte do núcleo familiar. Hoje sabe-se que uma família de 4 pessoas não deve viver em menos de 60 a 70m2 para que cada elemento possa ter um mínimo de espaço próprio.

Um t1 pode funcionar bem para um jovem casal ou para uma pessoa singular. Mas se trabalhar em casa tenha em atenção que pode precisar de isolamento e por isso de uma dimensão maior ou de mais uma divisão.

A localização

A localização tem um custo que se diz quer pelo preço das deslocações, quer pela sua inserção urbanística.

O custo das deslocações casa-trabalho-casa tem de ser pensado de acordo com o tempo que gasta e de acordo com o tipo de transporte que necessita. Muitas vezes, o circuito casa-trabalho-casa complica-se com a necessidade de levar filhos à escola.

Faça, por isso, contas. E veja se tem possibilidades de encontrar a melhor casa mais perto possível do trabalho e/ ou mais perto das escolas. O tempo de deslocação entre a casa e a escola é um fator importante para o sucesso escolar.

As contas aos gastos de deslocação podem justificar pagar um pouco mais pela casa.

No entanto, há outros elementos que podem influenciar a escolha da localização.

A proximidade da praia se o seu hobby for o surf, a vastidão das vistas que nos dão uma perceção de maior amplitude, as varandas que nos põem em contacto com o exterior, os espaços verdes envolventes e mesmo as comodidades oferecidas nos modernos empreendimentos, como os da Criterion.

Muitas vezes, a escolha da localização está, para os jovens casais, muito relacionada com o apoio familiar na perspetiva de crescimento da família.

Os serviços

Viver isolado pode proporcionar muito sossego, mas pode complicar a vida se não houver uma oferta de serviços perto. Em geral, obriga a usar o carro para tudo o que é preciso no dia a dia, desde comprar pão pela manhã ou ir ao cabeleireiro.

Conferir se a casa escolhida é bem servida de espaços comerciais, se está perto de serviços de saúde e de farmácia, e de serviços como ginásios ou lavandarias, acaba por ser uma dimensão que pode e deve ser valorizada de acordo com o seu estilo de vida.

Os acessos

Fáceis acessos para as deslocações habituais são sempre importantes seja se precisamos deles no dia a dia seja para conseguir manter uma vida social activa e para que se possa usufruir dos espaços de lazer e entretenimento da cidade ou do novo bairro em que podemos escolher viver.

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Financiamento

A 1ª regra é:

O investimento necessário supera sempre o valor total, pois tem de se acrescentar o valor dos impostos devidos e dos processos administrativos que variam de acordo com o valor da casa.

A chamada taxa de esforço. Se a sua compra é a crédito, tem de saber que o valor a despender mensalmente com a prestações não pode ir além de 30% do seu rendimento mensal líquido.

Para os jovens até aos 35 anos e com domicílio fiscal em Portugal o Estado português permite que os bancos emprestem até 100% do valor da 1ª habitação desde que esta não exceda os 450mil euros, pois atribui às instituições de crédito uma garantia com esse propósito.

A 2ª regra é:

Estudar bem a problemática das taxas de juro e dos spreads relativamente aos empréstimos.

Os spreads, a margem do banco sobre o financiamento, podem ser negociados e estão relacionados tanto com o risco como com o conjunto de outras operações que aloca ao banco.

As taxas de juro podem ser fixas, variáveis ou mistas e são contratualizadas por um determinado período.

Existem vários fatores que podem intervir na escolha. A segurança de que sabe sempre o que vai pagar, típica das taxas fixas. A capacidade de suportar a inconstância das taxas variáveis que tanto descem como sobem, de acordo com as flutuações da taxa Euribor e da evolução dos juros determinada pelo Banco Central Europeu. Ou o risco mitigado das taxas mistas que durante uns anos são fixas e depois passam a variáveis.

No caso do financiamento bancário o valor das prestações, que obrigatoriamente lhe é apresentado até ao fim do empréstimo é composto pelo valor dos juros mais o valor do spread.

Dois outros elementos a ter em conta na negociação com o banco são: o tempo de duração do empréstimo que vai no máximo a 40 anos e o valor que vai ou não pagar para o reembolso antecipado, que pode ser na totalidade ou em partes a definir.

A 3ª regra é:

Fazer bem os cálculos de tudo o que tem de gastar para efetuar a compra.

Entrada inicial: para reservar a casa faz-se em geral um contrato de promessa de compra e venda, com mínimos estabelecidos pelo Banco de Portugal.

Nos empreendimentos da Criterion Portugal existe a chamada taxa “Amiga das Famílias” que permite que a entrada seja só de 5%.

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Impostos

IMT - é um imposto municipal sobre as transações de imóveis que varia entre de 0% a 8%, dependendo de algumas variáveis como o valor da transação, a localização da casa (se Continente ou Regiões Autónomas), o tipo do imóvel e a sua finalidade (primeira ou segunda habitação).

O Governo decretou isenção do IMT para os jovens até aos 35 anos a comprarem imóveis que sejam abrangidos até ao 4º escalão do IMT ou seja 316 777€, , e “para imóveis acima de 316 772 € e até 633 453€ mantém-se a isenção máxima do escalão anterior, não havendo qualquer isenção para imóveis de valor superior”.

Imposto de selo - este imposto incide sobre o valor do negócio. – 0,8% - e sobre o valor financiado – 0,6%.

Os jovens até aos 35 anos também estão isentos deste imposto, nas mesmas condições referidas para o IMT. Para imóveis de valor superior a 316 772€ é devido o valor de imposto remanescente.

IMI - Não é para pagar logo de entrada mas este imposto municipal é pago anualmente e o seu valor é decretado por cada Câmara Municipal, pelo que deve entrar nas suas contas. No entanto pode ficar isento nos 3 primeiros anos de acordo com o valor tributável (não pode superar os 125 mil euros Valor Patrimonial Tributário).

Se tiver dúvidas pode e até deve esclarecê-las com o banco escolhido para o financiar.

Custos administrativos

Os custos administrativos incluêm os emolumentos sobre os registos de aquisição , nomeadamente o registo de mútuo e hipoteca, no caso de pedir um empréstimo, os custos das avaliações e os custos processuais.

O banco ou o comercializador facilmente fazem estes cálculos e dão-lhe um valor do que terá de gastar.

Os jovens até aos 35 anos estão isentos do pagamento dos emulomentos devidos pelo registo de mútuo e hipoteca, para imóveis com valor tributável até 316 772€

No Balcão Casa Pronta poderá saber e tratar de todos os registos on line.

Seguros obrigatórios

Aquando da compra de qualquer casa são obrigatórios 2 seguros:

  • um seguro de vida que tem como objectivo cobrir o valor remanescente do empréstimo em caso de morte ou invalidez do requerente
  • um seguro multiriscos habitação que cobre os danos no imóvel objecto do financiamento

Os seguros podem ser feitos através do banco ou de outra qualquer seguradora.

Convém informar-se no mercado das diferentes ofertas pois elas vão onerar a sua prestação.

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Documentos necessários

O elevado número de documentos necessários não é só burocracia. Aqui o que está em causa é a salvaguarda dos bancos que assim tentam avaliar o seu perfil de risco para decidirem o financiamento. A saber :

  • Documento de Identificação;
  • Última Declaração de IRS;
  • Declaração de Rendimentos;
  • Declaração de vínculo contratual (emitida pela entidade patronal);
  • Declaração de Início de Atividade (se for o caso);
  • Recibos verdes para trabalhadores independentes (dos últimos 6 meses);
  • Recibos de Vencimento para trabalhadores por conta de outrem (dos últimos 3 meses);
  • Nota de Liquidação de IRS do ano anterior;
  • Mapa de Responsabilidades do Banco de Portugal, que demonstra as suas responsabilidade enquanto credor ou fiador;
  • Comprovativo de morada;
  • Extratos bancários (por norma, dos últimos 3 meses);
  • Comprovativo de IBAN.

Relativamente a outras fases do processo como os registos serão precisos os documentos de identificação, a licença de habitação e o certificado energético, estes dois últimos a fornecer pelo comercializador ou pelo detentor da habitação que vai comprar.

As contas são muitas mas é a única forma de assegurar que vai poder fazer a compra planeada com toda a tranquilidade. Mais vale prevenir do que remediar. Boa sorte.